Estado apresenta 10,6% de jovens que não estudam nem trabalham, abaixo da média nacional de 17,3% 3f5523
Da Redação
Santa Catarina registrou que 10,6% dos jovens entre 14 e 24 anos não estão inseridos no mercado de trabalho nem matriculados em instituições de ensino. Este índice é o menor do Brasil, onde a média nacional é de 17,3%, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) divulgados pelo IBGE.
A Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan) de Santa Catarina analisou detalhadamente esses dados, destacando a eficácia das políticas públicas estaduais na inclusão dos jovens no mercado de trabalho. O termo “nem-nem” deriva da expressão inglesa NEET (Not in Education, Employment, or Training), referindo-se a jovens que não estudam, não trabalham e não estão em programas de qualificação profissional.
A preocupação com a inserção dos jovens no mercado de trabalho é global. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) aponta que, mundialmente, 20,4% dos jovens estão nessa situação. Na América Latina, houve uma leve redução desse percentual, de 21,3% em 2019 para 19,6% em 2023. Notavelmente, dois terços desses jovens são mulheres.
No Brasil, a média de jovens “nem-nem” caiu de 18,3% para 17,3% entre o quarto trimestre de 2022 e o mesmo período de 2024. Em Santa Catarina, embora tenha havido um pequeno aumento de 10,2% para 10,6% nesse intervalo, o estado ainda lidera com o menor índice nacional, seguido pelo Distrito Federal (10,7%) e Rio Grande do Sul (11,6%).
A análise detalhada dos dados catarinenses revela que 63,5% dos jovens “nem-nem” são mulheres, enquanto 36,5% são homens, alinhando-se à tendência internacional. Essa disparidade de gênero é um ponto de atenção para a formulação de políticas públicas mais inclusivas.
A Seplan destaca que uma alta proporção de jovens “nem-nem” pode indicar falta de qualificação para empregos futuros e ausência de experiência profissional atual, fatores que comprometem a inserção em postos de trabalho mais qualificados e bem remunerados. Não é o caso principalmente da Região Carbonífera que está repleta de instituições de ensino profissionalizantes, com cursos técnicos na Satc, Unesc, IFSC, Cedup e outros.