Duas chapas estão na disputa e a votação abre as 8 horas, com término às 17h 22594z
Içara
Duas composições se apresentam para a eleição do Conselho Fiscal da Cooperaliança neste sábado (17). A votação se dará na Escola Professora Salete Scotti dos Santos das 8h às 17h, e é aberta a todos os associados em dia. Uma Assembleia Geral Ordinária ocorre nesta sexta-feira e terá também deliberações sobre a prestação de contas, destinação das sobras, fixação do pró-labore e cédulas de presença, plano de investimentos, aplicação do Fundo de Assistência Técnica Educacional e Social e autorização para alienação de veículos.
Leia abaixo informações sobre as duas chapas por ordem de numeração.
Chapa 1
A Chapa 1, dita como “da situação”, é formada por Jaqueline dos Santos, Juraci Machado Bombazar, João Batista Rodrigues, Rosa Maria da Silva Santos, José Luiz da Rosa Custódio e Jaci Alves.
Jaqueline diz que a chapa é colaborativa e cada membro tem voz ativa. “Nossa chapa é verdadeiramente colaborativa, o trabalho em equipe e a valorização de cada voz é fundamental. Temos um grupo de pessoas de diversas localidades com experiências distintas, todos prontos para contribuir de maneira significativa. Aqui, escutamos atentamente cada opinião, pois acreditamos que é dessa troca que surgem as melhores soluções. Atuamos de forma independente e imparcial, priorizando sempre o interesse da cooperativa e dos seus associados, sem influências externas.
Com relação às propostas e a condução dos trabalhos, caso saiam vitoriosos no pleito, a candidata afirma que será mantida uma fiscalização minuciosa das finanças da cooperativa, assegurando a estabilidade financeira e transparência nos procedimentos da mesma. “Durante o ano de 2023, recebemos diariamente os saldos bancários, e continuaremos a acompanhar de perto. É essencial fiscalizar a média de saldo financeiro para evitar gastos superiores à arrecadação.
Jaqueline dos Santos minimizou a situação do atual presidente com a Justiça. “Até o momento, o que sabemos é que não existe processo e sim uma investigação em andamento e que não nos cabe julgar. Acreditamos na separação entre os assuntos, já que a eleição é de conselho fiscal e atuamos de forma independente. A chapa 1 está comprometida em conduzir uma campanha transparente e ética”.
Suas propostas são: expandir a comunicação com associados para promover participação ativa e transparente nas decisões cooperativas; nas reuniões mensais, priorizar discussão de projetos benéficos aos associados, ampliando participação; acompanhar planejamento e orçamento de obras beneficiando residências e indústrias, visando estimular geração de empregos e supervisionar desenvolvimento do centro médico para associados; monitoramento de qualidade dos serviços; fiscalizar e incentivar programas de eficiência energética.
Chapa 2
É com o mote “para fiscalizar de verdade” que a Chapa 2 se apresenta para a eleição do Conselho Fiscal da Cooperaliança, que irá ocorrer neste sábado, dia 17, entre 8h e 17h, no colégio Salete Scotti dos Santos. A operação “Iluminado” da Polícia Civil, desencadeada em maio do ano ado, levando quatro pessoas à prisão ao investigar crimes de peculato, lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal e falsidade ideológica, apenas reforçou a necessidade de apertar ainda mais a fiscalização sobre os atos da atual direção da cooperativa.
A chapa 2 é composta por profissionais autônomos que entendem de leis, contabilidade, além de conhecer a cidade e suas demandas históricas. Entre eles, o contador Léo Piazza, a advogada Júlia Saneripp, o empresário Jói Daniel e os comerciantes Leandro Darolt, Tiago “Bita” Recco e Geraldo Brigido. “A Chapa 1 tem dito que os casos que envolveram a polícia não são atribuição do Conselho Fiscal. Como não? O conselho tem a obrigação de apurar tudo o que ocorreu e identificar o risco de prejuízo aos cofres da empresa”, destacou Jói Daniel.
“Ouvimos alguns absurdos. O primeiro deles é observar membros da chapa ligada ao atual presidente da cooperativa fazer propaganda para as ações da atual direção mostrando o vínculo e a previsível falta de fiscalização que ocorrerá pelos próximos dois anos”, comentou o contador Leonardo Piazza. “Outro ponto que merece atenção é a politicagem que fazem sobre a liberação de recursos do Fates. É o associado que está doando esse dinheiro, pois ele renuncia esse valor na sua fatura para ajudar instituições da cidade, mas eles ficam abanando com o boné dos outros”, acrescentou.
Sobre a ampliação da fiscalização, a chapa 2 propõe a criação de um portal da transparência didático e de fácil interpretação pela população. “Citam os balancetes divulgados no site da Cooperaliança como cumprimento de transparência. Porém, lá dentro tem um conjunto de números de difícil interpretação, além de não mostrar notas fiscais, valores de compras, entre outras informações para aferirmos se estão pagando o valor de mercado para fornecedores, por exemplo. É uma transparência extremamente limitada, com a qual vamos acabar”, pontuou Piazza.